quarta-feira, novembro 29, 2006

Ontem...queria não ter acordado

...Para pensar que já era hoje.
Ontem queria não ter pensado
O que hoje constato
Queria que fosse amanhã...
Ontem vai ser tudo mais belo
Depois vai ser tudo melhor.
Ontem queria não ter acordado
Ontem não queria estar sem amanhã....

segunda-feira, novembro 13, 2006

Manias... às vezes com taras

Fui desafiada pela Puro Instinto a descrever cinco das minhas manias. Levei algum tempo a definir quais as que iria colocar aqui, uma vez que são tantas...
1ª mania - Sempre que chego a casa, tenho dois hábitos que já não prenscindo: um é dar um beijo à minha mãe e outro é vestir o pijama. Se, por exemplo, me levanto de manhã e vou sair (nem que seja ao café), chego a casa... e vá de pijama. Se sair 10 vezes ao dia, 10 vezes visto o pijama... (é caso clínico mesmo)!
2ªmania - Jogar dominó sempre que venho à Internet. Passo horas ocupada no msn (a jogar dominó)...risos.
3ª mania - Quando, por alguma razão, me fazem passar do sério, tenho a mania de abrir muito os olhos. Acho que conseguem transmitir todo o pensamento que estou a sentir no momento.
4ª mania - Chegar a casa e tirar tudo da mala... papéis, carteira, outra carteira, os óculos (na minha valise há de tudo) e colocar em cima da mesa. De dentro da pasta, "saco" os restantes papéis e misturo tudo. Arrumo numa gaveta ou no meu sítio do papel. Quando necessito de algum, reviro aquilo tudo.
5ª mania - Sou um Eco-Ponto ambulante. Não jogo nada para o chão. É ver debaixo dos bancos as colecções de marcas de água, de papéis, de livros. Escusado será dizer que quando é dia de limpeza do carrinho, o trabalho é a dobrar...

Agora é a vez de passar a mais alguns o desafio:
- Ruinzolas
-BB

quarta-feira, novembro 08, 2006


"Que a força do medo que tenho não me impede de
ver o que sinto.
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o grito, mas a outra metade é o silêncio!
Que a música que ouço ao longe seja linda, embora triste, e
que a pessoa que eu amo esteja sempre amada, mesmo que
distante... Porque metade de mim é partir mas a outra é
saudade!
Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece nem
repetidas com fervor, como a única coisa que resta numa pes-
soa inundada de sentimentos... Porque metade de mim é o
que ouço e a outra o que calo!
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na cal-
ma e na paz que eu mereço. Que essa tensão que me corrói
por dentro seja um dia recompensada... Porque metade de
mim é o que penso e a outra metade é o vulcão!
Que o medo da solidão se afaste e o convívio comigo mesma
se torne suportável. Que o espelho reflita no meu rosto um
doce sorriso que eu me lembre de ter dado à minha face...
Porque metade de mim é a lembrança do que fui e a outra
metade....eu não sei.
Que não seja preciso mais que uma simples alegria para me
aquietar o espírito. Que teu silêncio me fale cada vez mais...
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço!
Que a arte aponte uma resposta mesmo que eu não saiba e
que ninguém a tente complicar...Porque é preciso simplicida-
de para fazê-la florescer...Porque metade de mim é o público e a outra metade é a canção!
Que a minha loucura seja perdoada...Porque metade de mim
é amor e a outra....também! "
in... site encontrado ao acaso.
P.S. Sabes? Teve tudo a ver... Uma estrela*!

terça-feira, novembro 07, 2006

Vírus

Pela primeira vez, gostaria de descrever o meu grito : aquele em que não se consegue articular uma palavra, as cordas vocais produzem única e simplesmente um som produzindo este reverberação! É só produzir.
Estou a ficar furiosa com a palavra "VÍRUS"... é vírus daqui, para ali, sobre este tema, sobre outro tema! Estou farta!!!

VÍRUS- do Lat. virus
s. m., agente infeccioso inerente a certas doenças contagiosas, sem metabolismo independente e com capacidade de reprodução apenas no interior das células hospedeiras vivas e cuja partícula individual é constituída por ácido nucleico e por uma camada protectora de proteínas;
viro;
fig., princípio ou causa de contágio moral;
Inform., programa informático capaz de se reproduzir a si próprio e de se transferir de um computador para outro, e que pode danificar ou destruir informação e outros programas.

Só a mim! E o mais engraçado é que o rapaz tem um nome giro: trojan msbcs.exe . Como acima supracitei, este aqui PRODUZ de forma messalina e contínua! Estou farta!!!

quarta-feira, outubro 18, 2006

Algemada


A vontade impera
Em denegrir o que foi bom
Apenas ressurge a vontade
De querer nada...nada
Quando era criança ambicionei ser alguém
E agora, o que sou?
Mero pedaço de cromossomas, associados um a um
E penetro numa algema fechada...

A vontade impera
Nos desacatos à lei
Onde se degenera
Tudo o que não provei
Renego antes e pós
Os bons sabores
Os licores
A Boémia
E penetro numa algema fechada...

A lua não incandesce
O seu brilho
O Sol brilha como sempre
E não entendo...
Porque é que a sombra perdura?
Porque não me larga?
E NELA TENTO PENETRAR...

Aos meus meninos...


Há tanto tempo que por cá não aparecia. Por vezes, não apetece e outras não há vontade...
No entanto, decidi partilhar algo que fiz, em tempos, dedicado aos meus meninos que hão-de ficar alojados em meu coração.

Amor
Quando se despede de alguém
Quando não se teme a ninguém
Explicar o que é amor puro...
Aquele em que não é necessário palavras
Onde o sentir está presente
Quando o olhar nunca se evoca
Quando a tristeza se envolve
Numa breve despedida sem fim
Onde algo de mim
Se inteira... se envolve
Que voa, voa,voa...
Esse sim,o desejo é tanto
Que sinto, meus Queridos
Que nunca vos esquecerei...

terça-feira, setembro 19, 2006

Fragilidade

Há dias em que o Sol não parece alcançar a Terra...dias que acordam sem brilho e, em que a chuva cai.
Há dias em que o cantar da sereia não encanta o pescador. Descontente, vai... parte.
Há dias em que o Inverno teima em ficar. Negoceio um raio de Sol. Esplendoroso, manda abater uma tempestade sinuosa em catadupla.

Há dias que desejava que fosse Primavera...

O texto seguinte encontrei hoje, ao navegar pela net, que ilustra bem o que acabei de descrever...

"Este verso, apenas um arabescoem torno do elemento essencial - inatingível.
Fogem nuvens de verão, passam ares, navios, ondas,
e teu rosto é quase um espelho onde brinca o incerto movimento,
ai! Já brincou, e tudo se fez imóvel, quantidades e quantidades
de sono se depositam sobre a terra esfacelada.
Não mais o desejo de explicar, e múltiplas palavras em feixe
subindo, e o espírito que escolhe, o olho que visita, a música
feita de depurações e depurações, a delicada modelagem
de um cristal de mil suspiros límpidos e frígidos: não mais
que um arabesco, apenas um arabesco
abraça as coisas, sem reduzi-las."
Carlos Drummond de Andrade in A rosa do Povo

terça-feira, julho 11, 2006

Adeus Português







Nos teus olhos altamente perigosos
vigora ainda o mais rigoroso amor
a luz dos ombros pura e a sombra duma angústia já purificada

Não tu não podias ficar presa comigo
à roda em que apodreço
apodrecemos
a esta pata ensanguentada que vacila
quase medita
e avança mugindo pelo túnel de uma velha dor

Não podias ficar nesta cadeira
onde passo o dia burocrático
o dia-a-dia da miséria
que sobe aos olhos vem às mãos
aos sorrisos
ao amor mal soletrado
à estupidez ao desespero sem boca
ao medo perfilado
à alegria sonâmbula à vírgula maníaca
do modo funcionário de viver

Não podias ficar nesta casa comigo
em trânsito mortal até ao dia sórdido
canino
policial
até ao dia que não vem da promessa
puríssima da madrugada
mas da miséria de uma noite gerada
por um dia igual

Não podias ficar presa comigo
à pequena dor que cada um de nós
traz docemente pela mão
a esta pequena dor à portuguesa
tão mansa quase vegetal

Mas tu não mereces esta cidade não mereces
esta roda de náusea em que giramos
até à idiotia
esta pequena morte
e o seu minucioso e porco ritual
esta nossa razão absurda de ser

Não tu és da cidade aventureira
da cidade onde o amor encontra as suas ruas
e o cemitério ardente
da sua morte tu és da cidade onde vives por um fio
de puro acaso
onde morres ou vives não de asfixia
mas às mãos de uma aventura de um comércio puro
sem a moeda falsa do bem e do mal

Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente tropeço
de ternura
por ti...

Alexandre O´Neill

quinta-feira, maio 18, 2006

Astor Piazzolla (Ausências)


Vem dar cor àquele Alentejo ao desbarato,
Àquele rio que nunca existiumas que alguém se lembrou de contar.


Vem até àquele céu que nunca acordou de tão sereno
E aquele bugalho das cinzas que nunca aqueceram de arder.


Vem para a chegada dos que partem da terra
Aquela Lua de baixa cota,tantos bolsos vazios onde adormecem folhas.


Vem pela rua calcetada de sossegos parideiros, mudos
Pais dos olhares simétricos das auroras dos dias.


Vem pelos lábios de terra batida que gozam em acolher,aquele caminho de pedras gastas de corque certo dia uma promessa levitou colorir.


Vem para a imensidão do vazio preenchido que não acorda
Daquele sono que insiste em não se mover.


Vem descobrir a indiferença que não prescreve
Aquela que por não existir, silênciosa conseque reluzirpor debaixo do manto quente do assim-assim.


Vem até ao berço dos gritos abafados pela manhã
Onde a métrica do pousio deixa esquecer que ainda respiras.

quarta-feira, maio 03, 2006

Olho-te
Recordo-te ao longe
Saudade...
Para te encontrar
Emanciparam-se decisões
Medo...Vazio... Esperança!
Desejo incerto de não te ver
Sentimento!
Desejo oblíquo encarquilhado
Numa almofada soada
Numa sinfonia harmoniosa
Cujos instrumentos
Arpejam acordes que me dilaceram
Atravessam-me como raios ardidos no tempo
Tão potentes!Tão raivosos!
Ágeis!Secos!
No entanto, tão precisos...
Rejuvenesço em pedaços
Puzzle que se alimenta
Emoções!...Sentidas, desmedidas.
Ilha...
Será que te encontrei?
Será que te reencontrei?
Será que te vou encontrar?

15/Março/2006

segunda-feira, abril 17, 2006

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Seguindo um conselho, resolvi publicar...

"Sei que estou só e gelo entre as folhagens
Nenhuma gruta me pode proteger
Como um laço deslaça-se o meu ser
E nos meus olhos morrem as paisagens.

Desligo da minha alma a melodia
Que inventei no ar. Tombo das imagens
Como um pássaro morto das folhagens
Tombando se desfaz na terra fria."


Sophia de Mello Breyner Anderson

quinta-feira, março 16, 2006

AMIGA



Amiga:
Que me apoias quando não estás
Que estás presente quando não estás
Que pensas em mim quando não estou.

Amiga:
Que me aprecias quando sorrio
Que me abraças quando choro
Que me aprecias quando não estou bem
Que me aprecias quando não estás bem.

Amiga:
Que te preciso
Quando não te preciso
Quando te detesto
Quando te amo.

Amiga:
Quando me mandas embora
Quando me pedes que fique
Quando te chamo
Quando te explico.

Amiga:
Sempre que te necessito
sempre que te vejo
Sempre que te telefono.

Anjo:
Selvagem, quando abominas...
Dominador, quando te exaltas...
Atenuante, quando te agrada....
Amador, quando te esvais...
Carinhoso, quando gostas...
Amigo,quando se realizam...
Sensual, quando te envolves...
Regenerador, quando te Integras...
Maravilhoso, quando te olhas...
Incrível, quando pensas...
Fantástico, quando te entregas...

Enfim, és das minhas queridas amigas.

Nunca te esquecerei, Ana "Só"

Fevereiro,2003

segunda-feira, março 13, 2006

Reflexão


Naveguei e encontrei...Encontra-se sempre algo de similar e de familiar...


Paulo Geraldo - As palavras irreparáveis


Algures, quase sempre em ambiente de festa, talvez junto de um altar, ela e ele pronunciavam as palavras irreparáveis.
Tinham pensado nelas e no que significavam.
Tinham deixado que o tempo corresse um bom bocado depois da passagem daquele sopro mágico que os atraíra um para o outro. Tinham-se conhecido melhor. Tinham observado bem as reacções um do outro. Tinham conversado muito. Tinham construído - a partir dos planos de ambos - um único projecto.
Sabiam que o sopro mágico tinha apenas o papel de iniciar uma coisa nova; e que partiria depois de algum tempo.
Isso não os assustava.
Iam em frente, com esperança, com alegria. E continuavam, depois de chegarem as crianças, contentes por a vida se complicar. Conversavam, discordavam, rectificavam, pediam perdão. Não à frente dos filhos, que tinham de se sentir seguros e não saberiam compreender; que poderiam julgar que o pai e a mãe discutiam.
Sucedia, normalmente, cedo ou tarde, o desencanto, a perda de sentido, a vontade de deixar tudo e procurar de novo, noutro lugar, um outro sopro mágico. Mas tinham empenhado a palavra. Tinham pronunciado as palavras que - dentro deles e à sua volta - não tinham retorno.
Ficavam. Iam ficando. Às vezes com prolongada dor, às vezes com um heroísmo de que não se julgavam capazes.
O tempo, porém, trazia, devagar, a calma, a alegria serena, a luz que parecia ter desaparecido. Aprendiam que o amor também passa como que por uma conturbada fase de adolescência, até que vem a tornar-se maduro, se purifica, se fortalece e embeleza.
Depois ficavam tão contentes!
Tudo tinha sido útil, tudo tinha tido o seu papel. Também a dor; também os esforços que pareciam inúteis; e as cedências e os silêncios e as humilhações.
Viam com toda a clareza como por coisa perdida tinham ganhado mil; como por cada lágrima derramada tinham oceanos de sorrisos; como por cada generosa tentativa, aparentemente frustrada, haviam recolhido cestos e cestos de consolação.

Olhavam e viam os filhos e os netos; a casa cheia de rebuliço; tranças louras; corridas atrás do gato; o indescritível prazer de voltar a contar as velhas histórias. "Avó, conta outra vez a da Cinderela"...; "Avô, é mesmo verdade que antes havia duas R.T.P.?"...
Viam, como num sonho, o passado e o futuro unidos por um nó que eram eles mesmos. Um nó que nada tinha podido quebrar e permitira o futuro, novos seres, outros sonhos tão iguais aos que eles mesmos tinham sonhado. Haviam suportado a tempestade e passado o Cabo; a Índia estava ali à frente dos olhos; o caminho, aberto para tantos e tantos cujos rostos eles nem sequer imaginavam.
Tinham tido um lugar no longo fio da vida; tinham sido alicerce e cimento; tinham as mãos cheias de sol. Nunca morreriam.
...................
Pode parecer que estive aqui a descrever um quadro que me encantou num museu qualquer... mas não. Sei muito bem que isto, só isto, é real e verdadeiro; que só isto é de hoje e de sempre."

Velho



Parado e atento à raiva do silêncio
De um relógio partido e gasto pelo tempo
Estava um velho sentado no banco de um jardim
A recordar fragmentos do passado

Na telefonia tocava uma velha canção
E um jovem cantor falava na solidão
Que sabes tu do canto de estar só assim
Só e abandonado como o velho do jardim?

O olhar triste e cansado procurando alguém
E a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
Sabes eu acho que todos fogem de ti prá não ver
A imagem da solidão que irão viver
Quando forem como tu
Um velho sentado num jardim

Passam os dias e sentes que és um perdedor
Já não consegues saber o que tem ou não valor
O teu caminho parece estar mesmo a chegar ao fim
Para dares lugar a outro no teu banco do jardim

O olhar triste e cansado procurando alguém
E a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
Sabes eu acho que todos fogem de ti prá não ver
A imagem da solidão que irão viver
Quando forem como tu
Um resto de tudo o que existiu
Quando forem como tu
Um velho sentado num jardim...

Mafalda Veiga.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Sinto-me tão só


Sinto-me tão só...
O chilrear dos pássaros
Jáo não entoa melodias
Outrora tonais...
A Primavera floriu
Sem os tempos habituais
A colcheia não dança
Como, porventura, balançava.
Sinto-me tão só...
O vento não leva as minhas palavras
Sufoca-me, até engolir as mesmas
Asfixiam... envolvem
Sim, quero-te gritar
Mas não posso, não devo, não consigo
Sinto-me tão só...

Uma lágrima cai...


Uma lágrima jorra...
-Porque cais, lágrima?
-Apenas porque o tempo não me acompanha.
-E porque não?
-Porque tudo está a sorrir...
-Mas, lágrima, porque teimas em cair?
-Sinto saudades... algo que não consigo evitar.
-Saudade?Isso não é por momentos felizes? Então porque cais?
-Quero acompanhar o tempo, o espaço, o que vivi... Tudo e não consigo!
-Lágrima, saudade é a presença de tudo o que te marcou.
- Por isso...é a razão...derramo-me sobre o rosto marcado...

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

...

Rosto nu
na luz directa.
Rosto suspenso,
despido e permeável,
Osmose lenta.
Boca entreaberta como se bebesse,
Cabeça atenta.
Rosto desfeito,
Rosto sem recusa onde nada se defende,
Rosto que se dá na duvida do pedido,
Rosto que as vozes atravessam.
Rosto derivando
lentamente,
Pressentindo que os laranjais segredam,
Rosto abandonado e transparente
Que as negras noites de amor em si recebem
Longos
raios de frio correm sobre o mar
Em silêncio ergueram-se as paisagens
E eu toco a solidão como uma pedra.
Rosto perdido
Que amargos ventos de secura em si sepultam
E que as ondas do mar puríssimas lamentam.

Sofia Breyner

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

O amor e uma cabana...

Dizem-nos Q é A Canção Final De Quem Nos Tenta Ignorar
Mas é Só Canção Final
se O Quisermos Deixar

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

O encontro/reencontro...


"Não tem importância. Foi desta maneira desde o princípio. Mais uma vez, pela milésima vez, tínhamos um encontro e desencontrámo-nos. Mais uma vez, pela milésima vez, como quando eu era pequena e esperava pela noite e pelos meus sonhos para te reencontrar, passei estas horas a ver-te e a pensar em ti. Sabes que te vi mais hoje do que em (...) anos de vida? Sabes que estive mais próxima de ti do que se estivesse ao pé de ti? Esperarei sempre por ti. É a minha maneira de te reencontrar."

in: "Rendez-Vous" , Justine Levy, difusão cultural

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Esta noite sonhei...

... e sonhei com tanta coisa. Estava algures por nenhures e apareceram-me pessoas que nunca me lembro de ter visto. Estranho, não é a primeira vez que tenho sonhos destes.
O pior é que me pareceu tão real. Como um que tive há uns anos. Ainda hoje não esqueci. Ainda estudava e, nesse dia, fiquei traumatizada.
"Estava eu numa feira temática quando me aproximei duma banca que tinha duas pessoas de etnia africana: uma mulher e um homem (este, fisicamente, tinha uma argola no lábio...). Tudo faziam para que eu comprasse algo. De repente e, saídas de uma casa com uma porta verde, luzes radiantes, de cor anil, branca e azul seduziram-me e levaram-me ao encontro daquela casa. Uma rapariga, de cabelos longos e ondulados negros, convidou-me a entrar. Assim que entro, a porta fecha-se e vem uma cadeira de ferro preto encostar-se à mesma e um quadro, com a imagem de Jesus Cristo, paira sobre a minha cabeça, tentando-me acertar. A rapariga começa a gritar e diz: "Deixa-a em PAZ!"
Neste momento, agarra-me pela mão e leva-me pra fora da casa. Senta-me nos degraus e pergunta:
- Está tudo bem contigo?
-Sim, está- respondi eu.- Mas porque é que aconteceu aquilo tudo comigo?
- Diz-me, faz-me alguma pergunta.Pensa na pessoa que mais amas.
- Será que vou ficar para sempre com ele?
- Não!"

O sonho acabou(versus pesadelo). Ainda hoje não sei que significado terá. Será que os sonhos podem interferir na nossa realidade?...

Onde?

Onde foi que te encontrei? Eu sei.
Como foi que te conheci? Também sei.
De repente o tempo parou...foi no momento em que te vi. Uma estrada cheia de luzes, carregada de emoções. Tudo reluzia: a tua cor, a tua alma, os teus olhos, a tua pele.
Segredei-te ao ouvido:"Ainda estás cá?"
Não me respondeste com as palavras que queria ouvir...Mas sim, teu olhar e a linguagem de teu corpo em tudo me seduziram.
Voltei a questionar-te:"Estás bem?" Voltaste a não me responder e fui envolvida por um forte abraço...
Sim...o gesto vale mais que mil palavras...

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Mãe


A minha Mãe faz hoje anos.
Parabéns, Mãe. Adoro-te!

quinta-feira, janeiro 26, 2006

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Sei de cor cada lugar teu
Atado em mim em cada lugar meu...

As palavras que te envio são interditas

As palavras que te envio são interditas
até, meu amor, pelo halo das searas;
se alguma regressasse, nem já reconhecia
o teu nome nas suas curvas claras.

Dói-me esta água, este ar que se respira,
dói-me esta solidão de pedra escura,
estas mãos nocturnas onde aperto
os meus dias quebrados na cintura.

E a noite cresce apaixonadamente.
Nas suas margens nuas, desoladas,
cada homem tem apenas para dar
um horizonte de cidades bombardeadas.

Eugénio de Andrade

terça-feira, janeiro 24, 2006

Está escrito


"Eu sempre gostei de ti
Eu sempre te adorei(...)"

In... Byork

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Longe...

A dor

Que é ter sem ter

A solidão

Que é estar sem estar

A saudade

De ver sem olhar..

Quero a minha paz

A única que hei-de procurar

Enquanto continuar a minha existência...





O que é o amor?

Dor?Prazer?Segurança?

Sensação,toque, carinho?

Estar na devida altura?

Querer um infímo de coisas boas?

Ser adolescente e amar?

Ser idoso e lembrar?

Ser sobrevivente a um núcleo rebentado?

É uma cidade mergulhada num verde?

Um céu azul povoado por brilhos encandescentes?

É um brilho no olhar de quem se quer ver?

É um sol enfeitando uma lua?

É uma estrela que brilha no escuro?

É um voar livre de uma ave?

Talvez seja...Não sei ainda...

Novembro de 2004