terça-feira, outubro 06, 2009

Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,


"Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distracção animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero. Quero só Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar."
Alberto Caeiro

terça-feira, junho 30, 2009

PARABÉNS ATRASADOS!

Espero que a cor do som te transporte para águas calmas e serenas...
embalando e seduzindo a tua pessoa em ti!



quinta-feira, junho 25, 2009

Tempestade, nevoeiro...



Vivendo para a música e só....
ACABOU-SE!
acabou-se....acabando...acabou-se..........................

quinta-feira, maio 21, 2009

Debaixo dos Caracóis de Seus Cabelos

Dedicado a um grande amigo! Saudades......



domingo, maio 17, 2009

Gostaria de PODER ...
Dizer o que me vai na alma,,,,,
Dormes, como um passarinho que retarda o seu cantar
Pedra preciosa que brilhas....
Relutante no meu dizer
-.Que ofusca!Que me adormece sem turbulência....
....-Que me enebria sem querer...........
Passarinho, que cantas .........



quinta-feira, abril 09, 2009

Bailarina



"Gira a bailarina
Na caixa de música
Lívida menina
Rodando, rodando...
Num pequeno círculo
De ouro e de espelho
Escrava do delicado
Mecanismo
Pálida e suave
Em seu bailado frívolo
Quantas vidas passa
Dançando, dançando...
Com a orgulhosa pose
De uma estirpe distante
Finita num infinito
Narcisismo
Roda a bailarina
A sua sina
De tonta
Guardiã de jóias e segredos
De família
Com a roupinha de balé
Com a sapatilha
Relíquia de passar
De mãe pra filha
Ela se persegue
Em seu passeio lúdico
Presa na caixinha
Girando, girando, girando..."





in: net

sábado, março 21, 2009

"Helen, a menina do silêncio e da noite"



"Esta é uma história verdadeira.
Há cem anos, na América, nascia uma menina loira. O pai e a mãe estavam muito felizes.
Chamaram-lhe Helen Keller. Helen é um bonito nome.
Por volta dos dezoito meses, Helen adoeceu. E, quando ficou boa, os pais aperceberam-se de que ela já não via nem ouvia nada. Tinha-se tornado cega e surda.
Entretanto, crescia, brincava, comia e corria, como as outras crianças; só que não se lhe podia explicar, dizer ou mostrar nada.
Nós que vemos, sabemos que o céu é azul, vemos o sorriso da Mamã e do Papá, vemos os animais e tudo o que se passa em nossa casa, lá fora, na rua, nos campos e por todo o lado.
Helen não via nada.
Nós que ouvimos, ouvimos a voz dos nossos pais, ouvimos baterem à porta, ouvimos o ruído dos carros e ouvimos música.
Helen não ouvia nada.
Em todo o lado, ouvimos sempre qualquer coisa, mesmo à noite, quando dormimos.
Quando se é surdo, não se compreende o que dizem as pessoas, por que é que se riem, por que se zangam, por que falam.
Não podemos repetir as palavras, para aprender o nome das coisas.
Não podemos falar para perguntarmos o que queremos.
E, sobretudo, não temos palavras para pensar.
Os que são apenas cegos têm ouvidos para ouvir e perceber o que se passa à sua volta.
Os que são apenas surdos, têm olhos para ver e compreender o que se passa ao seu redor.
Mas ser ao mesmo tempo surdo e cego, é terrível! É como se estivéssemos sempre sós no silêncio e na noite.
Helen estava assim, completamente só no silêncio e na noite.
Os pais não sabiam o que fazer para lhe explicar as coisas. Muitas vezes Helen enfurecia-se e partia tudo o que encontrava, rasgava as roupas, comia com as mãos e atirava o prato ao chão; batia na irmã mais nova e gritava.
Então os pais choravam porque não sabiam o que fazer para lhe ensinar o que ela não sabia, e para lhe fazer compreender que a amavam muito.
Helen estava muito triste. Muitas vezes, ficava sentada no chão e chorava o dia inteiro. Helen estava só no silêncio e na noite e sentia-se muito infeliz.
Os pais deixavam-lhe fazer tudo o que ela queria. Nunca a castigavam, e Helen era ainda mais infeliz.
Quando fez sete anos, os pais tiveram uma boa ideia: pediram a uma professora para vir morar com eles. Chamava-se Ann Sullivan e tinha dezoito anos. Já tinha sido cega, mas fora operada e agora via.
Estava decidida a ajudar crianças cegas.
Conhecia muitos jogos para cegos. Mas Helen era cega e surda, e Ann não sabia se conseguiria vir a "falar" com Helen.
A princípio, Helen era muito mazinha com a sua professora e não queria aprender nada. Não gostava de ser mandada porque estava habituada a fazer tudo o que queria.
Mas Ann era muito paciente. Ensinou-lhe muitas coisas: enfiar pérolas, tricotar e coser. Separar os objectos redondos dos quadrados, e os duros dos moles. E, pouco a pouco, Helen tornou- -se gentil e asseada. Não se podia servir dos olhos nem dos ouvidos, mas tentava compreender muitas coisas com as mãos. E foi com as suas mãos que Helen aprendeu a falar.
Um dia, Ann, tocando-lhe nas mãos, fe-la compreender, enfim, que lhe ensinava, deste modo, o nome das coisas. Percebeu, assim, que tudo tinha um nome: as coisas, os animais, as pessoas.
Aprendeu o seu nome, "Helen", e "Papá" e "Mamã" e "Professora". E quando Helen tocava com as suas mãos nas do pai, dizendo Papá, ele chorava de alegria. Era formidável.
Então, Helen aprendeu a ler seguindo com os dedos as letras para os cegos. E, mais tarde, conseguiu falar com a sua voz; mas era muito difícil, porque não ouvia o que dizia.
Helen era muito inteligente e aprendia depressa. Queria saber tudo. Foi à escola com Ann, que a acompanhava para todo o lado e lhe dizia, com as mãos, tudo o que diziam as professoras. E Helen fazia os trabalhos de casa na sua máquina de escrever. Tornou-se tão inteligente que passou num exame difícil em que nenhuma rapariga do seu país tinha conseguido passar.
Helen tornou-se célebre e todos queriam conhecê-la.
Viajou muito. Foi a todos os países explicar às pessoas que era preciso ocuparem-se das crianças surdas e cegas, porque elas também podiam compreender, aprender como ela, e serem felizes.
Helen sabia que tinha tido muita sorte: tinha uns pais que a amavam, e que haviam podido pagar uma professora só para ela. E, sobretudo, tinha Ann, que era muito inteligente e paciente.
Helen gostaria que todas as crianças cegas e surdas fossem ajudadas e amadas como ela foi.
Agora, graças a Helen Keller e a Ann Sullivan, sabemos ocupar-nos melhor de crianças que não vêem e que não ouvem."

in: internet.

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Surpresa!

Voltei a lembrar-me de ti. Aliás, não há nenhum dia que te não tenha no meu pensamento.

Se juntar o número de horas que já te esqueci, penso que não daria para encher uma tarde... ou noite. Já sei que a tua pessoa está espantada... mas o que hei-de fazer?

  • Hoje deu-me para isso... recordar as cores que te envolviam, os sons que te caracterizavam, os sorrisos que, numa melodia arrepiavam.

Sim, não fiques com esse ar de estranheza porque apenas hoje me pareceu condigno escrever sobre isso! Tenho estado fechada numa caixinha... a brincar com as palhetas e colocando-as na ordem para que, quando a abrisse, soasse com um timbre infantil e sem ruído.

Já sei que vais dizer que podia perder menos tempo a afinar... a melhor melodia é aquela que sai do coração. Tens razão. Mas eu sou assim! Teimosa até com as próprias loucuras dos sons.

Não quero um dia pensar que podia ter pensado melhor. Quero ter a oportunidade de melhorar todos os dias.

Olha... lembro-me sempre de ti!

Um beijo.