Voltei a lembrar-me de ti. Aliás, não há nenhum dia que te não tenha no meu pensamento.
Se juntar o número de horas que já te esqueci, penso que não daria para encher uma tarde... ou noite. Já sei que a tua pessoa está espantada... mas o que hei-de fazer?
- Hoje deu-me para isso... recordar as cores que te envolviam, os sons que te caracterizavam, os sorrisos que, numa melodia arrepiavam.
Sim, não fiques com esse ar de estranheza porque apenas hoje me pareceu condigno escrever sobre isso! Tenho estado fechada numa caixinha... a brincar com as palhetas e colocando-as na ordem para que, quando a abrisse, soasse com um timbre infantil e sem ruído.
Já sei que vais dizer que podia perder menos tempo a afinar... a melhor melodia é aquela que sai do coração. Tens razão. Mas eu sou assim! Teimosa até com as próprias loucuras dos sons.
Não quero um dia pensar que podia ter pensado melhor. Quero ter a oportunidade de melhorar todos os dias.
Olha... lembro-me sempre de ti!